março 09, 2010

Olhos que se calam quando eu me calo





Escuto uma voz triste.
Uma menina tão preciosa
Com medo de ficar sozinha.

Uma noite fria
Com lembranças amargas,
E um futuro incerto.

Ela esconde sua insegurança.
Tem medo de arriscar,
medo de fracassar.

Às vezes ela não sabe o que falar.
Ela se cala...
E eu me sinto vazio.

Ela é durona, forte,
Briga e enfrenta.
Mas depois, arrepende...

Ela tem medo das pessoas se cansarem dela.
De um dia partirem,
E ela ficar só.

Seus olhos brilham
Com todas essas lágrimas.
Não chore.

Olhe em volta,
Você não está sozinha.
Nunca estará...

Fica cara-a-cara comigo,
Olhos que se calam quando eu me calo.
Ainda quero te ouvir cantar.

Desculpa se a minha ilusão lhe causou dor.
Se as minhas palavras foram
Fortes e verdadeiras.

pra você mulher da minha vida

março 02, 2010

Quando eu era criança...

Não é fácil ser adulto. Basta dar uma passada de olhos pelas manchetes dos jornais para que o ceticismo corroa nossa alma: violência, desemprego, recessão, terrorismo. Às vezes é até uma tarefa inglória alimentar sonhos, quando estamos tão ocupados procurando maneiras de como arranjar dinheiro para pagar as contas no final do mês. Como meu amigo Sérgio costuma dizer, "a vida é que nem rapadura, é doce, mas é dura".
É por essas e outras que admiro as pessoas que, mesmo batalhando pela sobrevivência no dia-a-dia, conseguem manter viva a criança dentro delas. Não é tão difícil identificar alguém assim em meio à multidão acinzentada: procure por alguém com sorriso fácil, capacidade de rir de si mesmo, mousepad com estampa do Snoopy ou que possua a mania de fazer origamis no meio do serviço ou encontrar nuvens com formato de Bart Simpson pairando no céu.
Imaginação, eis o diferencial. O aspecto que mais admiro na infância está na capacidade desconcertante que as crianças possuem em enxergar cada detalhe do dia-a-dia de maneira espontânea, talvez por ainda não terem sido bitoladas pela visão acachapante dos adultos. Porque uma criança possui a mente aberta, seja para acreditar em Papai Noel ou coelhinho da Páscoa, seja por recriar as coisas do mundo de acordo com o poder de sua imaginação.
Inspirado no site I Used to Believe, que descreve crenças e recordações infantis de internautas do mundo inteiro, faço a seguir um Top 10 de reminiscências e coisas nas quais acreditava quando era criança. Algumas lembranças podem soar tolas hoje, mas ao mesmo tempo me dão saudades de uma época na qual eu era menos cético e mais inocente.
* * * * *
1) Quando eu era criança, acreditava que as estrelas eram os olhos de Deus, que piscavam de vez em quando para a gente apenas para que soubéssemos que havia um cara lá em cima de olho nas traquinagens que aprontávamos.

2) Quando eu era criança, assistia aos desenhos do Ligeirinho e me encantava ao ver aqueles feijões mexicanos que pulavam sozinhos. Uma das maiores frustrações de minha infância foi essa: nunca comi feijões que pulam.

3) Quando eu era criança, meu pai dizia que eu devia cuspir longe as sementes de melancia, porque se engolisse uma delas por acidente nasceriam outras melancias dentro do meu estômago. Pensava comigo mesmo: "ué, será que é assim que as mães ficam grávidas?".

4) Quando eu era criança, mantinha sempre os meus olhos atentos ao chão, porque acreditava piamente que um dia encontraria uma lâmpada mágica igual à do Aladim. O único problema é que o gênio provavelmente só saberia falar árabe, e eu ficava angustiado pensando em como conseguiria me fazer entender. Aliás, eu tinha na ponta da língua o primeiro pedido que faria ao gênio: "quero que o senhor me conceda mais cinqüenta desejos!".

5) Quando eu era criança, assisti a uma reportagem sobre um tal "morto que riu". A matéria relatava que durante um velório um dos presentes resolveu tirar uma foto do morto dentro do caixão. No entanto quando ele foi revelar os negativos levou o maior dos sustos, porque o morto aparecera sorrindo na fotografia. Até hoje sinto calafrios toda vez que lembro da cara do finado (sim, o "Fantástico" exibiu o retrato do mesmo no final da matéria). A propósito, eu também tinha medo de qualquer reportagem apresentada pelo Cid Moreira (é sinistro mestre dos magos)...

6) Quando eu era criança, acreditava que sempre chovia nos dias de Finados. E que essa chuva era na verdade as lágrimas derramadas pelos mortos que ficavam emocionados ao ver suas famílias visitando (ou não) seus túmulos.

7) Quando eu era criança, minha mãe dizia que se eu imitasse um gago por mais de cinco minutos, ficaria assim para sempre. Desde então, toda vez que eu imitava um ga-ga-gago, ficava de olho no cronômetro do meu relógio digital (minha mãe me prometeu esse relógio se eu largasse a chupeta pensei pensei e falei:- mãe quando eu crescer eu trabalho e compro um relógio) e esperava até que dessem exatamente quatro minutos e cinqüenta e nove segundos, para cessar a brincadeira bem em cima do deadline.

8) Quando eu era criança, me apaixonei irremediavelmente pela Daphne da Turma do Scooby-doo. Talvez seja essa a razão da minha atração por loiras, sejam elas pintadas ou não.

9) Quando eu era criança, morria de medo de ficar engasgado com uma bala Soft. Certo dia, batata: realmente me engasguei com uma que ficou entalada na garganta. Fiquei tão desesperado que comecei a correr estabanado pelos corredores da casa da minha mãe procurando por ajuda; no susto, acabei engolindo a maldita. Nunca mais pus uma Soft na boca. (mentira)

10) Quando eu era criança, não conseguia entender como funciona o tal do Amor (aliás, o adulto aqui continua sem entender patavina nenhuma). Ficava imaginando: "poxa, mas e se a minha alma gêmea morar na Finlândia ou na Nova Zelândia? Como a gente vai fazer pra se encontrar?".

Sabe de uma coisa aprendi que as coisas acontecem sem a gente perceber e que o amor vem até nós de uma maneira ou outra morando longe ou perto e que na vida tudo acontece basta querer

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ciencia maluca