maio 15, 2011

AMAR É PUNK ROCK


Não vim deixar nada como - 'Estou seguindo'.. Nem nada parecido! Vim aqui, pra te agradecer. Sim. Eu vim agradecer por você ser um 'detalhe' na minha vida. Sabe, daqueles que você percebe a diferença? E se as palavras costumam ser suas amigas, - Prazer, sou as palavras!
Pra ser sincero, não vim ser seu amigo nas horas vagas, nem no tempo que me resta, nem em nada que se compare a isso. Eu vim ser seu amigo, pra tudo. Pra chorar, orar, levantar, cair juntos, sorrir, brincar e talvez, mostrar que pensar com alguém, é melhor que pensar sozinho. Afinal.. 'É melhor dois do que um, por que se um cai, o outro ajuda a levantar'.

O AMOR É PUNK

Eu já passei da idade de ter um tipo físico de MULHER ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranha (bem estranha). Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star. Uma coisa meio Lilly Alen. Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece a menina. Começa, aos poucos, a admirá-la. A achá-la foda. E, quando vê, você ta fazendo coraçãozinho com a mão igual um pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ela entenda uma coisa: dessa vez,é diferente). Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente.Talvez eu va esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vou me lembrar sempre que você gosta de pizza e qualquer tipo de massa, gosta de chocolate branco ou ao leite. Talvez eu não faça declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vou saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez. Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam?Um dia,Quero dormir abraçado sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas.
Mas, caramba! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesmo que não tinha acontecido. Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrão. Amor é reconstrução. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios. Demorei anos pra concordar com meu querido  Cazuza: “eu quero a sorte um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio! Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.

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