março 30, 2012

KONI 2012


Invisible Children, a ONG que entrou para a história nas últimas semanas, apresentou ao mundo um chute no estômago do conformismo, ao exibir o vídeo KONI 2012, produzido com claro intuito de exercer influência midiática sobre a situação das crianças da região centro-africana, que vivem sob a tirania de um ditador inveterado chamado Joseph Koni, que sequestra, mutila, tortura, violenta e recruta crianças, treinando-as e mantendo-as condicionadas á seu comando e cerceando todos os direitos invioláveis dos seres humanos em desenvolvimento.
 Uma rápida busca na internet trará milhares de argumentações e questionamentos a respeito do vídeo, da organização, dos fundadores, dos investimentos e uma infinidade de buracos deixados no traçado dessa ONG nos oito anos em que vem atuando na África.
Joseph Kony, que em meados dos anos 80 fundou um grupo armado baseado nos dez mandamentos da Bíblia para derrubar o Governo do Presidente Yoweri Museveni. Passou a chamar-se “Exército Unido de Salvação Espiritual”, recorrendo uma táctica suis generis que consistia em ataques descoordenados contra as forças de Yoweri Museveni, na segunda metade dos anos 80. Depois, a designação do grupo passou a ser “Exército de Resistência do Senhor”, alegadamente porque o seu líder tinha recebido revelação para lutar pelos dez mandamentos da Bíblia.
Inicialmente as suas reivindicações tiveram a aceitação no seio das populações ugandesas, com maior particularidade nas regiões do nordeste do Uganda. Governos de países vizinhos que apoiavam a rebelião de Joseph Kony em resposta ao suposto apoio que o Governo de Kampala concedia a grupos rebeldes contribuíram para que o “Exército de Resistência do Senhor” se movimentasse entre as zonas fronteiriças que ligam países como Uganda, RDC, e Sudão. Mas rapidamente as acções do grupo comandado por Kony tiveram ressonância no continente e no mundo.
Joseph Kony e companheiros que se traduz em 33 acusações, 12 das quais são por crimes contra a humanidade, incluindo homicídio, escravatura, escravatura sexual e violação.
As outras 21 acusações são por crimes de guerra, incluindo assassínio, crueldade contra civis, ataque intencional contra a população civil, pilhagem, indução à violação e recrutamento forçado de crianças. 

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